domingo, 4 de janeiro de 2015

Two pieces of a broken heart - Parte 8

Me pego olhando para as fotos coladas no espelho. Lá estão eles, todos a quem eu amo, meus pais, Lana e meu gato Thor, sim o herói, e Jimmy e eu. Hoje fazem exatamente dois meses que Jimmy se foi. Pois é, passa rápido não? Ainda me lembro de como me senti destruída naquele dia, de como senti que não fosse mais ser a mesma pessoa. É estranho, me sinto estranha, me sinto triste, me sinto diferente do normal. Não sei explicar, só sei que algo mudou.
Me deito na cama e coloco o travesseiro no meu rosto para espantar a claridade. Hoje é sábado e todo mundo saiu para se divertir, acho que sou uma das poucas que ficaram. E não foi por pura opção, na realidade eu não fiz amigos aqui, nem sei se vou fazer, mas tanto faz, eu nunca precisei disso mesmo, Mas hoje sinto que preciso de alguém, quero desabafar. Eu poderia ligar para Lana e derramar meus problemas nela, mas não, ela está feliz e eu não quero atrapalhar de modo algum.
O.k., não posso ficar deitada a tarde inteira aqui, vou a biblioteca, como sempre.
Chegando lá encontro-a praticamente vazia a não ser por uma garota sentada no fundo, a bibliotecária e a coincidência constante, Joseph.
Pois é, falando nisso, eu nem disse como vão as coisas com meu quase amigo. Como disse antes, decidi dar a ele uma chance de sermos amigos e parece que eu estava certa a respeito dele. Ele com certeza tem problemas em se comunicar.
Vocês não conhecem nada dele, eu sei, não contei nada porque também não o conhecia. Nós sentamos para tomar um café um dia desses, ele bebeu chá e eu café. Joseph me contou algumas coisas interessantes sobre a sua vida. Ele veio de Nova York para estudar literatura. Ele me contou que perdeu sua mãe muito cedo por conta de um grave acidente alguns anos atrás e seu pai Brad, trabalha em uma galeria de arte no Brooklyn. E ele também tem uma irmã mais nova, Jennifer.
Assim que cheguei fui falar com a sra. Schade que insistiu que eu a chamasse de Penélope.
— Boa tarde Penélope. Joseph.
— Boa tarde. — Penélope respondeu.
— Boa tarde, Demetria.
— Pensei que você fosse sair assim como todo mundo.
— Não sou muito de sair, e eu também não quis. — respondi.
— Quer tomar um café comigo? — Joseph me pergunta.
— Pensei que você não tomava café — falei brincando. Acho que ele não gostou muito da minha resposta pois fez uma careta — é brincadeira. Vamos.
Nós saímos e fomos até a cafeteria, eu peguei café e ele chá, de novo, depois nos sentamos em uma mesa qualquer e eu perguntei:
— Então, o que quer falar comigo?
— Nada, eu... só pensei que talvez... assim... você quisesse tomar um café, sei lá.
Tenho que confessar que esse nervosismo dele é até fofo. Só um pouquinho. Não pense besteira.
— Ah, que isso, pode falar.
— Não é que, pensei que talvez você quisesse me contar um pouco da sua história.
Um pouco da minha história? Então é isso?
— Não é nada de tão interessante assim, na verdade é entediante ao ponto de fazer você dormir aqui mesmo.
— Vamos vai — ele falou sorrindo — eu não sei nada sobre você, como espera que sejamos amigos se eu nem te conheço.
Eu sou tão dramática, penso que se eu começar a contar o que aconteceu comigo irei chorar, eu sou o drama em pessoa. Mas ele tem razão, não dá pra ser amigo de alguém que não conhecemos.
— O.k, você venceu — suspirei — pode me perguntar qualquer coisa.
— Me conta de onde você é, da sua família.
— E sou de North Vancouver, na Colúmbia Britânica, uma mini cidade do Canadá. Meus país são de lá também, meu pai é advogado e minha mãe uma dona de casa. Eu tenho uma irmã mais velha, o nome dela é Lana. E eu tinha... um namorado, mas...
— Vocês terminaram?
— É... não, ele... se foi. — respondi baixo.
— Esses caras hoje em dia não dão valor as garotas e vice-versa. Porque ele foi embora?
— Ele morreu.
— Oh... me desculpa, eu...
— Não tudo bem, você não sabia, eu entendo. Ninguém vai imaginar uma coisa dessas não é? —   sorri meio sem graça. Joseph viajou um pouquinho mas não o culpo. Como ele poderia imaginar?
Suspirei e fechei os olhos por um momento. Estou realmente precisando de um amigo.
— Sabe, desde que meu namorado morreu eu me sinto solitária. Fazem dois meses que ele se foi e eu ainda sinto como se alguém estivesse esmagando o meu coração. É duro pensar que iremos sofrer perdas importantes na nossa vida. É tão injusto, não acha?
— Olha Demetria, quando eu perdi a minha mãe eu me senti muito mal, eu fiquei realmente triste e me perguntava porque Deus tinha sido tão duro comigo. Mas é algo natural, faz parte da nossa vida, nós seres humanos estamos fadados a viver essa vida cheia de injustiça. Eu sei como é perder alguém, sei como se sente. É difícil, mas um hora a dor acalma. Não vou dizer pra você que não sinto nada, já fazem doze anos que ela morreu, por isso é mais fácil de lidar com a morte dela, mas as vezes eu fico triste, pensando como teria sido minha vida se ela ainda estivesse aqui. Acredito que o tempo amenizará a sua dor. Como fez comigo.
Foram belíssimas palavras na minha opinião. Posso ver agora que não estou sozinha nessa. Achei alguém que me entende e talvez esse seja o caminho que me ajude a enfrentar tudo isso, não sozinha, mas com um amigo.
— Obrigado.
...

Mais um capitulo pra vcs, me desculpem a demora, espero que tenha valido a pena a espera, é isso, beijos.

4 comentários:

  1. Aii ta lindooo !!!nova leitora to adorando o seu blog fico feliz que vc tenha voltado a postar sera q vc pode divulvar meu blog wwwlovaticforevers2.blogspot.com.br e se vc tambem puder seguir la fico feliz bjooos

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    1. Muito obg amor, significa muito pra mim.
      Claro que sigo e divulgo, será um prazer, bjs <3

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  2. ele é sobre jemi ta ?

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