Two pieces of a broken heart - Parte 3

Consigo ver a estrada passar veloz por mim. O carro anda em uma velocidade constantemente rápida. Estamos quase chegando a Stratford onde moram meus avós.

Espero que essa viagem realmente faça eu me sentir melhor. Espero que eu consiga me encontrar novamente, ser quem eu sou, sorrir, brincar, ser feliz como eu era antes de tudo acontecer. Mas essa ideia parece simplesmente não se encaixar dentro do contexto, é como uma peça que falta para completar o quebra-cabeças, eu a perdi e preciso encontra-la outra vez.

Ainda vai demorar um pouco para chegarmos ao nosso destino, então decido dormir um pouco, assim o tempo passa mais rápido.

Desperto sentindo cutucadas no meu braço esquerdo, abro os olhos devagar sentindo uma ardência neles, o céu muito branco fez com que meus olhos doessem por deixa-los no escuro por muito tempo.

— Chegamos. — Lana entrou na minha frente, falando animada — Aqui é muito lindo. Faz um tempão que a gente não vem aqui.

Sai do carro e dei uma boa olhada em volta. É, faz muito tempo que eu não venho aqui. Não lembro muito bem do lugar. Já faz bem uns dez anos. É lindo. Árvores, cavalos, um lago e um enorme casarão.

Tenho vagas memórias de quando eu estive aqui, eu brincava muito, corria, era livre, leve e solta. Não tinha regras, não tinha dor.

Eu cavalgava tolamente ao lado do meu avô. Ele em um cavalo lindo, alto e forte e eu em um pequeno pônei. Não era nem cavalgar, era andar. Meu avô sempre cuidou muito bem daqui. Os cavalos eram os mais bonitos que eu já havia visto na vida. Ou era assim que eu pensava.

Eles também tinham um enorme vinhedo aqui. Minha mãe dizia que era o melhor em séculos e eles sempre mandavam uma caixa lá pra casa. Eu nunca bebi, era muito pequena e, depois eles pararam com o comercio e vivem da aposentadoria da minha avó e dos trabalhos que meu avó faz. Ele é um velho bem durão se quer saber, não desiste fácil, o tipo de pessoa que qualquer um gostaria de se espelhar.

Parece que é exatamente o que eu preciso, um lugar assim. Leve e com muita natureza ao redor.

Andei pouco metros a frente quando escuto minha mãe me chamar:

— Demi amor, vem aqui, me ajuda com essas malas.

Fui até ela e peguei as duas malas da sua mão. Não quis trazer muita coisa, não sei quanto tempo eu vou ficar, mas não tenho muito luxo, trouxe o que eu mais vou precisar.

Sai andando direto para o casarão a minha frente. Eu não lembro muito bem do lugar, mas sei que quando eu entrar naquela casa, lembranças vão saltar dos meus pensamentos.

Uma velha muito fofa me esperava na porta, vovó sempre foi assim, muito amável.

—  Vovó?

— Oi meu amor, —  disse ela me abraçando. — que saudade que eu sinto de você. Vai me deixar por dentro de tudo hein. — ela sorriu e me soltou. Nas certa ela quer fazer eu me sentir bem. Provavelmente ela já sabe o que aconteceu, mas não comenta. Agradeço mentalmente.

— Eu também senti muito a sua falta. É bom estar aqui outra vez.

Ela me conduziu até a enorme sala. Tudo muito grande e bem organizado. Há moveis antigos por todo lado, nada de novo, nada de muita tecnologia, a não ser a grande tela plana que esta na parede.

Foi como eu disse antes, quando eu pisasse aqui dentro lembranças saltariam dos meus pensamento e foi exatamente o que aconteceu. Me lembro bem dos almoços e jantares com todo mundo reunido. O pessoal bebia vinho até dizer chega e depois ficavam todos cantando musicas de amor. Era muito bom, um tempo que eu gostaria muito que voltasse.

Não foi difícil localizar o meu quarto, já que eu me lembro um pouco do lugar. Vovó mesmo velhinha, ainda deixava tudo impecável. Só de pisar no quarto me senti bem. Decidi que, como vou ficar um tempo aqui, vou decora-lo ao meu gosto. Não precisa de muita coisa, mas pôr umas fotos no mural vazio não faz mal.

Deixo minha mala a um canto do quarto e pego a mala menor onde eu coloquei alguns objetos. tenho muitas fotos antigas e recentes, tudo misturado. Vou colocando elas no mural até que vejo uma foto dele.

Sorrio ao vê-lo tão sorridente e sinto uma lagrima escorrer. Fecho os olhos e respiro fundo. Tenho que me acalmar e tentar passar por isso.

Penduro a foto no mural e me sento na cama de frente para a janela. O lugar é tão verde e bonito que faz eu me sentir bem.

...

Terceira parte ta ai. Desculpem a demora de quase um ano, fico até com vergonha. Mas agora que eu to de volta, vou me esforçar ao máximo para não decepcionar vocês.

Como vocês podem ver, a primeira e a segunda parte foram pequenas, assim como esse capitulo. Como já disse antes, não quero que fique algo chato de ler, então decidi que vou fazer mais ou menos nesse tamanho. Um pouco maior talvez, depende, vou tentar seguir um padrão. Meu objetivo é proporcionar a vocês uma leitura gostosa e não algo que canse.
Eu não fiz nenhuma sinopse então para saber do que se trata, só lendo mesmo. Decidi escrever alguma coisa sobre isso na pagina de sinopse que você pode conferir clicando aqui. Ficou vago, tenho consciência disso, mas já é alguma coisa. Por enquanto é só. Beijos. Espero que gostem.