Olá! Espero que estejam bem.
Acabei caindo no blog depois de tanto tempo e percebi que havia escrito um capitulo inteiro e não postado para vocês. Essa história estava sendo escrita com muito carinho e por isso gostaria de entregar mais esse capitulo.
Beijos, Emma.💖
O tempo corre tão rápido quando estamos ocupados o tempo inteiro que nem percebi os dias indo embora.
...
— Agora que somos oficialmente amigos, acho que você pode me chamar de Demi, Demetria é muito formal. Deixa pra quando eu for ancora de um jornal na TV. — eu disse sorrindo a um Joseph meio confuso.
— Você quer ser jornalista?
— Não — eu ri — foi só um modo de falar.
— Ah tá. — ele riu — então você pode me chamar de Joe se quiser, ou Joseph também, tanto faz.
Se passou quase um mês e meio que eu estou aqui e está sendo ótimo. Eu realizei alguns projetos com uma colega da minha classe, Selena, eu e ela fizemos algumas coisas juntas, nós temos muito em comum e temos conversado muito durante esse último mês e ela é realmente fantástica. Inteligente e uma ótima pessoa. Além disso, ela é minha colega de quarto, incrível não? Tirei a sorte grande.
Estou no meu quarto agora revisando a minha matéria como sempre faço toda semana, Selena está sentada na poltrona lendo um livro e trocando mensagens com o namorado dela.
— Selena?
— Oi Demi.
Olhei pra ela um momento e fiquei pensando...
— Demi, oi? — disse ela sacudindo a mão.
— Ah, desculpa. Me distrai um pouco. É que... na verdade eu ando me distraindo muito ultimamente. — suspirei.
— Como assim? — pergunta confusa.
— Joe.
— Você tá gostando dele?
— Não sei. Eu to?
— Como eu vou saber? — ela pergunta rindo — Se você não me explicar vai ficar difícil eu te ajudar.
— É que essa semana eu notei que estou me sentindo diferente com relação ao Joe. Quero dizer, ele é incrível, um ótimo amigo e eu só quero isso entende? Eu não quero me apaixonar novamente.
— Se você estiver apaixonada por ele ou gostando dele e não tem certeza sobre isso, pergunte a si mesma. — ela disse firme — Não se sinta culpada pelo Jimmy.
— Não estou me sentindo culpada.
— Tenho certeza que sim, você pode estar querendo não ter sentimentos por outra pessoa por causa da culpa, Demi. Você não pode sentir culpa se está tendo sentimentos por ele. Isso é bom para você, você tem que seguir em frente. Não pode se apegar ao passado. Eu sei que faz apenas três meses que ele se foi, mas isso não pode te impedir de se apaixonar, de viver um novo amor.
Tudo bem, eu estou me sentindo culpada, estou tendo sentimentos por ele. E quem eu estou querendo enganar. Estou caidinha por ele. Mas quem não ficaria? Ele é incrível, doce, gentil, bonito. O jeito tímido dele o deixa ainda mais atraente.
Mas, por ter perdido Jimmy tão prematuramente, eu me sinto culpada por estar sentindo isso. É como se eu o estivesse traindo ou algo do tipo. Ah, Demi, aonde você foi se meter?
— Você deve ter razão. — eu disse a Selena.
— Eu tenho — ela disse isso e se levantou rapidamente — eu preciso ir. Vou me encontrar com o Nick.
Dito isso ela sai correndo me deixando sozinha.
Fecho meu caderno e guardo minhas anotações. Não tenho mais cabeça pra isso, preciso de ar. Saio do quarto e vou em direção a biblioteca, minha segunda casa eu acho. Passo direto pela recepção. A sra. Schade não está aqui, de modo que posso me esconder no fundo da biblioteca sem que ela me veja.
Me sento na mesa ao fundo e pego um livro que está sobre ela. O médico e o monstro, rio, como eu odeio esse livro. Minha professora de inglês me fez ler isso em dois dias para uma prova.
— Oi Demi.
— Joe! — exclamei surpresa. Acho que a biblioteca não é só a minha segunda casa. — O que tá fazendo aqui?
— Nada. Só andando e você?
— Nada também.
— Vamos fazer nada juntos?
— Ah, é, pode ser.
Ele se sentou ao meu lado e ficou me olhando. Eu baixei os olhos pois não conseguia o encarar, eu estava me sentindo nervosa, com uma sensação estranha no estomago. Eu já havia sentido isso antes, se não estiver apaixonada por ele eu não sei o que é.
— Demi? O que foi?
— Nada.
— Nada? Você tá tão estranha comigo. Eu te fiz alguma coisa?
Fez, fez sim, você mexeu com meu coração.
— Não. Acho que é impressão sua.
— Não, não é impressão minha. Pelo pouco que eu te conheço sei que você mente mal. Demi, me conta?
— Ah Joseph, não é nada, para com isso. Eu só estou um pouco preocupada ultimamente.
— Com o quê?
— Provas, claro. — respondi rápido.
Joseph me olhou profundamente nos olhos, esse olhar penetrante me fez desviar o meu olhar e isso foi um erro pois, observador como é, tenho certeza que ele percebeu na hora que eu não estava dizendo a verdade. Porém, se limitou apenas a ser gentil e prestativo.
— Demi, eu não vou te pressionar nem nada pois não quero que isso seja desconfortável, mas saiba que se precisar conversar, pode contar comigo.
— Pode deixar. — respondi
É um misto de sentimentos que tenho no momento. Joe é simplesmente incrível e queria muito poder me abrir sem me sentir culpada por sentir isso. Não é nada fácil se ver dividida entre um passado tão recente que se faz tão presente na minha vida atual e o meu presente real. Mesmo com toda essa minha tentativa de seguir em frente, é difícil pois não consigo desapegar desse sentimento de que meu coração avançou rápido demais.
Joe ficou ali, parado e me olhando, isso é outra coisa que não é fácil, encara-lo. Esses olhos realmente mexem comigo. Ficamos alguns minutos quietos até que ele quebrou o silêncio.
— O que você acha de irmos tomar um café? — pergunta sorrindo.
— Você gosta de café agora? — perguntei fingindo que não sabia da resposta.
— Não... Ah, Demi, você sempre me pergunta isso. — disse rindo. Que sorriso lindo!
— É que você reage engraçado. — eu também ri.
— Eu aceito, você café e eu chá. Vamos? — ele já foi se levantando.
Me levantei e juntei-me a ele para irmos em direção a cafeteria. Durante todo o caminho ele me fez rir contando histórias sobre o tempo em que ainda estava no ensino médio. Quando chegamos até a lanchonete, nos sentamos e pedimos as bebidas.
Durante o tempo de espera até que as bebidas fossem entregues, fiquei um tempo pensando em tudo aquilo que havia esquecido por um momento. Gosto de estar na presença dele, mas é estranho ter que reprimir tudo o que sinto.
Como sempre, ele estava me observando, mas fingi que não estava percebendo. Saber que ele está me escaneando também mexe comigo. Não sei se ele anda se sentindo da mesma forma por mim e, acredito que por isso eu também tenha tanto medo deixar vir a tona. Além de tudo, não quero correr o risco de estragar nossa amizade, estamos indo bem.
— E você continua viajando enquanto a gente ta conversando. — Joe disse me encarando — gostaria de saber o que se passa ai dentro da sua cabeça.
— Não é nada de mais. São as provas chegando — o que não era mentira, eu estava pirando — e você sabe como eu sou, quero me sair bem, preciso. Meu sonho sempre foi entrar na universidade e fazer o que eu quisesse fazer e me sair bem.
— Você vai se sair bem, não se preocupe. — me tranquilizou.
...
A manhã de sábado surgiu com um lindo céu azul bebê e um sol amarelo no horizonte. Assim que notei as primeiras luzes passando pela janela, me levantei e fui escovar os dentes e tomar um banho. Não consegui dormir muito bem e não adianta ficar insistindo muito. Toda a semana passou voando, assim como todo o tempo que passei com Joe. Ele me ajudou muito durante esses dias e, claro, não foi muito fácil ficar na presença dele, parece que a cada dia que passa, com cada gentileza dele, eu me sinto mais e mais atraída.. É estranho a forma que cada movimento fosse como um imã me puxando diretamente pra ele.
Eu precisava de um conselho e ninguém menos que minha irmã Lana para me ajudar, ela, mais velha e, com toda a experiência, tenho certeza que consegue me ajudar de alguma forma. Peguei o celular e meu casaco e fui dar uma volta pelo campus. A essa hora a maioria está dormindo, então consegui um grande espaço sozinha para que eu pudesse me isolar e ligar pra ela sem ser ouvida. Ai você me pergunta, mas tão cedo em pleno sábado? Sim! Ela é do tipo que acorda mega cedo e vai correr, então tenho certeza que essa hora, mesmo em um sábado, está acordada.
Não deu outra, dois toque e ela atende:
— Bom dia flor do dia! O que faz acordada essa hora? — disse ela de forma meio estridente.
— Bom dia, mana — falei já rindo da reação dela — sei que tá cedo mas preciso conversar.
— Claro, aconteceu alguma coisa? — seu tom de voz muda de alegre para preocupado.
— Aconteceu... É que na verdade ainda tá acontecendo, eu não sei muito bem explicar, mas preciso de um conselho sobre... um cara.
Ela ficou muda, conhecendo muito bem tenho certeza que está dando aqueles pulinhos em silêncio do tipo "ela finalmente ta seguindo em frente e parando de chorar". Lana sempre diz essas coisas pra mim, sempre me fala que devo deixar as coisas acontecerem e não me prender. Segundo ela, o passado é passado e não devemos jamais no prendermos, mesmo que pareça e seja difícil, precisamos soltar e deixar a vida levar. E ela tá certa, mesmo que não esteja sendo muito fácil seguir esse conselho.
— Demi, eu to sorrindo aqui viu, só pra você saber, mas vamos lá! Como se sente com relação a isso? — pergunta séria.
— Eu me sinto confusa, muito confusa, e me bate aquele sentimento de culpa, entende?
— Entendo.
— Eu acho que tenho sentimentos por ele. Ele me faz bem, me faz rir e me distrai, o tempo passa rápido com ele, me sinto boba as vezes, igual quando eu me apaixonei pelo Jimmy. É meio que por ai que to medindo isso. — dei uma risada sem graça.
— Pra começar você precisa tirar da sua cabeça essa ideia de que está traindo a memória do Jimmy e parar de se se sentir culpada por algo que não existe, você não está traindo ele, está seguindo em frente e é isso que ele iria gostar. Então meu conselho, direto e objetivo para você é, vá em frente se tem certeza de que seu sentimentos são reais. Se for, não se prive disso. Ok?
— Tudo bem. Então eu devo dizer pra ele como me sinto mesmo sem saber se ele sente o mesmo? — perguntei preocupada, não quero estragar nossa amizade.
— Mas é claro Demi. Sei que dá medo por conta da amizade que você provavelmente desenvolveu com ele, mas está tudo bem, não tem problema. Antes você pode conversar com ele, claro e tocar de leve no assunto, ou veja se alguém pode te ajudar com isso, mas não reprima, é pior.
— Certo. Vou pensar nisso.
— Pense sim
— Obrigada, Lana!
Depois disso conversamos sobre como anda a vida e contei mais um pouco sobre o Joe, o que fez ela reforçar ainda mais a ideia de que devo contar a ele como me sinto. Ainda não sei como fazer isso, mas definitivamente, depois de ouvir o que ela me disse, as chances de eu fazer isso são enormes.
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