quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Two pieces of a broken heart - Parte 7

O despertador toca 7h00 e eu me levanto rapidamente. Hoje é o primeiro dia e não quero me atrasar.
Tomo um banho rápido e saio para tomar café, a primeira aula é daqui a uma hora, então ainda tenho um tempo. Vou para o básico, café puro bem forte e umas torradas. Me sento em uma mesa bem no canto e dou uma checada nas minhas coisas para ver se está tudo certinho.
— Bom dia. — reconheci o tom da voz que atormenta.
— Bom dia, Joseph.
Ele se sentou na cadeira da frente sem ser convidado, não só acho como começo a ter certeza de que ele é sim um inconveniente inconsciente, ou seja, alguém que chega e não percebe quando está incomodando. Mas tudo bem, vou fingir que nem vi ele se sentar
— Está gostando daqui? —  ele me pergunta sorrindo.
— Bom, estou aqui há apenas dois dias, não tive muito tempo pra conhecer, mas a biblioteca é incrível.
— Você dever ter gostado mesmo, ficou a maior parte do tempo por lá.
Espera um pouco. Se ele sabe que eu passei a maior parte do tempo na biblioteca então ele andou me observando. Bem inconveniente de sua parte. Acho que eu já usei essa palavra muitas vezes, deve ser por que esse é melhor jeito de defini-lo.
O.k., eu disse que ele se parece muito com Jimmy, retiro o que eu disse anteriormente, ele é bem diferente. Digo isso porque Jimmy não era tão intrometido como ele, na verdade nem um pouco intrometido.
— Andou me observando por acaso? —  perguntei olhando-o de canto.
—  Não, é que... eu... eu estudo aqui a mais tempo, então tenho coisas pra fazer por lá e além disso tenho amizade com a srta. Schade, a bibliotecária.
Ele gaguejou e se exaltou, então posso concluir que sim, ele estava me observando.
— Ah sei —  eu disse dando um gole no meu café — Aceita um café?
— Não, não, obrigado. Não gosto de café, me deixa agitado e é amargo — Joseph fez uma careta.
Inconveniente, irritante e odeia café. Mais um ponto negativo para o senhor folgado.
Acho que já contei aquela história do café. Mas posso relembra-lá caso você tenha esquecido. Eu sempre odiei café e graças ao Jimmy passei a apreciar mais, é como se ele estivesse um pouco menos distante de mim.
Acho que viajei por alguns minutos porque acabei de perceber que Joseph está olhando confuso pra mim.
— Que foi? —  ele me pergunta.
—  Nada. 
Acho que o papo já acabou, hora de ir. Me levanto e ele se levanta também.
—  Eu preciso ir, minha aula começa em alguns minutos, ainda não sei onde é a minha sala.
— Posso ajuda-la com isso.
— Não precisa, posso me virar sozinha, Além do mais, tenho que me situar, não posso depender de você, não é?
— Ah, é.
— Tchau.
— Tchau.
Sai andando e dei um leve aceno com a mão.
Tudo bem, sei o que você está pensando, fui muito grosseira. E talvez seja por isso que eu nunca tive amigos na escola, talvez.
Minha sala é a B-15, então ela fica no prédio B, sigo em frente até chegar ao prédio gigante a minha frente, a sala 15 fica no segundo andar, assim que chego por lá escolho um lugar perto da janela e me sento.
A sala não está cheia, pra ser mais exata tem seis pessoas aqui comigo. Duas garotas e quatro garotos, ou melhor, três garotos e um cara, que pela cara deve ter uns 40 anos.
Não muito tempo depois a sala começa a encher e o professor entra.
— Bom dia. Sou Thomas Black. Apenas Thomas, nada de senhor, ainda tenho 35 anos — algumas risadinhas surgiram no fundo da sala — Estou aqui para compartilhar com vocês os conhecimentos sobre a arte. Posso presumir que todos aqui presentes sabem que arte não se trata de apenas tinta e papel. É muito além disso. Arte engloba a cultura, sendo ela uma pintura, uma escultura, uma poesia ou uma peça de teatro. Tudo é arte. Vamos trabalhar com algumas teorias e histórias antigas que serão bem tediosas, mas uteis, espero que todos vocês compreendam que, embora a arte pareça ser algo simples, porque é em alguns aspectos, iremos trabalhar com muita teoria e explicação. Bom, para esquentar o dia de vocês, vamos começar analisando essas imagens que retrata as pinturas rupestres feitas a muito tempo atrás...
Parece que ele não é professor de divagar em histórias pessoais sobre a própria vida. Nem poderia, visto que se trata de um professor de universidade.
Uma hora depois a aula acaba. Uma ótima aula, só para deixar registrado.
Vou direto para biblioteca pegar um livro recomendado pelo professor sobre as tais pinturas rupestres. Ao chegar lá, vou direito para a estante de artes procurar o que preciso.
— De novo aqui.
— Pois é —  respondo olhando para Joseph.
Pego o livro e vou para o balcão anotar a minha retirada com Joseph atrás de mim.
—  Está gostando daqui? —  ele me pergunta outra vez.
— Você já me perguntou isso, e eu te respondi que estou aqui há apenas dois dias e por isso não tive tempo de conhecer.
— Ah, é verdade —  disse ele com um sorriso sem graça.
— Não faz mal.
Voltando a minha análise de Joseph, posso concluir que ele é apenas um cara muito tímido e evidentemente com problemas para se comunicar. Talvez seja por isso que eu ache ele chato. E talvez eu deva dar uma chance para sermos amigos.

...

FINALMENTE um capitulo para vocês. Ficou pequeno eu sei, mas estou seguindo o mesmo padrão dos anteriores. Nada muito grande para não ficar chato de ler. Espero que gostem. xx

obs: se você não leu a minha primeira recomendação, dá uma passadinha na pagina de recomendações ou clique aqui, tenho certeza que vai gostar.


6 comentários:

  1. Respostas
    1. Que bom que gostou linda <3
      Em breve postarei o próximo, beijos

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  2. Nem acredito que a fic voltou. Amei a história e estou feliz por continuar.
    Parabéns, louca pelo próximo capítulo
    Beeijos, Milla :)

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    1. E eu mais ainda por saber que você esta gostando, significa muito e só me motiva mais.
      Obrigado <3 bjs

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  3. adorei,que bom que você voltou

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