sábado, 26 de janeiro de 2013

Capítulo 13 – I've Got Nowhere Left To Run


Oi lindas, mais uma vez coloquem pra carregar essa música, que eu amo, mas só apertem o play ao meu sinal! ;)
p.s.: se não conseguirem ouvir,ponham essa versão pra carregar, mas deem preferência pelo primeiro link ok?!

***

Duas semanas haviam se passado desde que Ashley jogou aquela bomba em minhas mãos. Eu estava perdido, confuso, desolado e extremamente amedrontado. Um filho era tudo pra mim, meu sonho! Mas tinha Demi... Eu não podia deixá-la, não agora que sei que a amo.


Foi por medo de perdê-la que decidi não contar nada sobre a gravidez de Ashley. Pelo menos até eu achar uma solução. Essa tarefa não estava sendo fácil. Odiava a ideia de estar mentindo pra Demi e odiava, ainda mais, a sensação de que estava prestes a perdê-la.

Deixar Ashley estava fora de cogitação. Ela não tinha estrutura pra lidar com essa gravidez. Prova disso é que, desde o dia em que me contou sobre a gravidez, Ashley caiu em uma depressão que nunca imaginei presenciar. Tinha se afastado do trabalho, não comia direito e nem tinha vontade de levantar da cama.  Ela precisava de mim. Se fosse embora agora, tenho até medo de pensar no que aconteceria...

Em meio a tudo isso, tentava manter meu relacionamento com Demi numa boa. Ela nunca me cobrou nada, nem nunca me perguntou por que a demora na separação. O que era bom, já que eu tinha certeza que não conseguiria mentir se ela me perguntasse.

Hoje é o dia da apresentação de Demi. Ela veio aqui em casa e trouxe um convite pra mim e para Ashley, mas como eu disse antes, ela está em um estado de espírito nada propício para sair de casa. Eu teria que ir sozinho, o que não era de todo ruim.

O relógio marcava sete horas da noite em ponto no momento que estacionei em frente ao teatro onde seria a apresentação. Respirei fundo e sai do carro, já imaginando a desculpa que daria pela a falta de Ashley ao meu lado.

Depois de alguns minutos de procura, avistei Dianna e Eddie e me aproximei, sentando-me ao lado deles.

- Oi, Dianna – eu cumprimentei, depositando um beijo no dorso de sua mão.
- Olá querido. – Dianna respondeu sorridente.
- Eddie, como vai? – eu disse, estendendo minha mão para ele.
- Bem, meu rapaz. E você? – ele disse apertando minha mão, em cumprimento.
- Bem, obrigado. – eu disse com um sorriso educado.
- Onde está Ashley? – Dianna, como eu previa, perguntou.
- Não estava se sentindo bem e pediu desculpas por não vir. – respondi, tentando ser convincente.
- Oh, tudo bem. Espero que não seja nada grave. – Dianna disse com preocupação na voz.
- Não é nada, apenas fadiga. – menti. Logo me apressei em mudar de assunto - Demetria deve estar nervosa, não?

Bastou essa pergunta para que Dianna se pusesse a contar sobre como foi o dia de Demi, o quanto ela não conseguiu dormir, o quanto ela estava com medo de não conseguir e etc. Meu coração estava apertado. Em pensar que nem pude falar com ela antes, acalmá-la, dizer que tudo daria certo. Antes que eu pudesse me martirizar, ainda mais, as luzes se apagaram e a movimentação no palco começou.

Primeiro uma senhora, que aparentava ter seus cinquenta anos e possuía um porte elegante, voz suave, como uma rainha, falou alguma coisa sobre a história da academia de Balé e disse que hoje seria uma apresentação muito importante, pois haveria olheiros de renomadas escolas de balé em busca de novos talentos. Isso era bom!

Depois, adentrou uma mulher, bem bonita, que aparentava ter pouco mais de vinte anos e começou a apresentar os bailarinos e agradecer a todos ali presentes. Era a professora de Demi, segundo Dianna.

Finalmente, as luzes do palco mudaram e a música ambiente começou a tocar. Um grupo de bailarinas entrou no palco. Rodopios, saltos, pontas de pés, mãos esticadas... Tudo executado com milimétrica perfeição. Demi ainda não havia entrado no palco e eu me preocupei, ela não era a bailarina principal, porque ela não estava ali?

A música mudou novamente e um rapaz, cuja roupa marcava todos os músculos das pernas, do glúteo e outras coisas mais... Adentrou ao palco. Logo depois, do lado oposto de onde o rapaz tinha surgido, ela apareceu. Absurdamente linda! Acho que meu sorriso foi quase, ou tão maior que o de Dianna e Eddie.

Perfeita! Cada movimento, cada salto... Tudo, feito com perfeição. Depois de quatro atos, Demi saiu do palco, ovacionada por aplausos calorosos da plateia presente. Seu sorriso iluminava tudo em sua frente e eu não pude conter o orgulho que eu sentia em meu peito. Demi, definitivamente, havia nascido pra isso!

Apresentação encerrada nos restava esperar por Demi no hall do teatro. Uns dez minutos depois ela se aproximou de nós com um buquê de rosas vermelhas nas mãos e com um sorriso enorme no rosto.

- Oi família! – ela disse, visivelmente, feliz, indo abraçar os pais. Depois se dirigiu a mim. – Oi Sr. Jonas.
- Olá Demetria. – cumprimentei, tentando disfarçar o sorriso que insistia em aparecer toda vez que a via. – Sua apresentação foi incrível. Parabéns!
- Obrigada! – ela agradeceu, corando.
- Filha, você não me disse que seria a bailarina principal... – Dianna perguntou e eu agradeci mentalmente, pois tinha a mesma dúvida.
- E eu não era, até alguns instantes antes da apresentação. – Demi disse dando de ombros.
- E o que aconteceu pra que mudassem de última hora? – Eddie perguntou.
- A bailarina principal, a Bruna, teve um ataque de nervosismo e não conseguiu entrar no palco. – ela respondeu.
- Oh, mas está tudo bem com ela? – Dianna perguntou.
- Ela está melhor agora. Bruna é uma excelente bailarina e tem um caminho brilhante pela frente. – Demi respondeu sorrindo.
- Bem, vamos pra casa? – Eddie disse com o braço em volta dos ombros da filha.
- Na verdade – Demi começou a dizer, mordendo o lábio inferior – tenho um pedido a fazer.
- Pode falar filha – Eddie disse calmamente.
- As meninas vão pra uma festa, pra comemorar a apresentação e eu queria saber se podia ir também? – ela perguntou.
- Não sei filha. – foi Dianna quem respondeu, com a expressão que misturava desconfiança e dúvida.
- Ah, mãe... Por favor! – Demi pediu manhosa e eu tive que abaixar a cabeça pra conter o riso, eu conhecia aquela carinha, sabia que era irresistível.
- Tudo bem! – Dianna respondeu, depois de soltar um longo suspiro. – Mas nada de chegar muito tarde, viu mocinha?!
- Pode deixar! – Demi disse sorrindo. – Vou encontrar com as meninas então. Pode levar pra mim? – perguntou referindo-se ao buquê em suas mãos.
- Claro. – Dianna respondeu pegando o buquê das mãos de Demi.
- Muito obrigada por ter vindo Sr. Jonas – Demi disse sorrindo e me estendeu a mão.
- Imagina, obrigado a você pelo convite. – nós tentávamos não rir por causa da maneira formal pela qual estávamos nos tratando.

Quando Demi soltou minha mão, percebi que ela havia deixando o papel pra mim. Segurei firme e pus no bolso. Despedi-me de Dianna e Eddie e caminhei até meu carro. Durante o caminho li o bilhete que ela havia me dado.

“Achei ótimo você aparecer sozinho, seja lá o que tenha acontecido, estou feliz! Vem comigo pra festa? Será na casa da Bruna, uma rua depois da nossa, uma casa grande, branca com portões bronze. Sem erro. Encontro com você lá!
Com amor, Demi. Xoxo”

Sorri sozinho, já dentro do carro. Óbvio que não desperdiçaria esse tempo com Demi. Essa festa era um bom momento para ficarmos juntos. Pensando nisso, liguei o carro e dirigi até a casa ao qual Demi se referiu no bilhete.

Como ela havia dito: Sem erro. Logo eu estava estacionando em frente a casa em questão. Alguns adolescentes, não muitos, estavam conversando no jardim e, de dentro da residência, ecoava uma música agitada.

Desci do carro e caminhei até a porta da frente. Adentrei a casa e comecei a buscar por Demetria. Se fora da casa havia poucas pessoas, dentro parecia não ter mais lugar nem pra uma agulha. Jovens dançando, bebendo, agarrando-se por todos os lados. Precisava encontrar Demi logo.

Como se algo ouvisse meu pedido, logo avistei Demi sentada em um sofá com mais três meninas, conversavam animadamente enquanto bebiam alguma coisa em um copo cuja base tinha luzes de neon. Aproximei-me e Demi logo percebeu minha presença e veio até mim com um sorriso nos lábios.

- Que bom que você veio. – ela disse antes de selar nossos lábios em um selinho demorado.
- Você acha que eu perderia a chance de ficar com você? – perguntei enquanto a envolvia pela cintura.

Demi riu e selou nossos lábios, dessa vez, aprofundando mais o beijo. Não demorou muito, mais foi o suficiente pra fazer meu coração acelerar e minhas mãos apertarem a cintura delicada dela.

- Vem conhecer minhas amigas. – Demi disse depois que separamos o beijo e me puxando pela mão. – Meninas, esse é o Joe. Joe, essas são Fernanda, Eduarda e Thalya.
- Olá meninas. – eu cumprimentei sorrindo e acenando com a mão livre.
- Olá! – elas responderam juntas.
- Podem tirar os olhos que esse aqui já tem dona ok?! – Demi disse com os olhos cerrados para as amigas e me fazendo gargalhar. – Tá rindo de que?
- Só do jeito como você falou. – eu disse controlando o riso e segurando o rosto dela entre minhas mãos. – Achei fofo.

Demi corou e me deu um selinho rápido. Ouvimos um coro de “Awn” vindo das amigas dela e nos separamos sorrindo. Fui puxado pela mão até o sofá onde sentamos, aliás, eu sentei no sofá. Demi achou meu colo mais confortável.

Conversamos por um tempo. Demi me apresentou Bruna, que passou um tempo com a gente, mas logo teve que sair pra socorrer um objeto de estimação de sua mãe que corria risco na mão de algum convidado bêbado.

- Demi você ama essa música! – Thalya exclamou.
- Verdade D, a gente tem que dançar! – Eduarda falou, com uma voz autoritária e brincalhona ao mesmo tempo.
- Vamos Dems! – Fernanda levantou, puxando Demi do meu colo.

Demi olhou pra mim com uma expressão que pedia desculpas, eu dei de ombros e sorri, como que diz “Tudo bem!”. Ela sorriu e seguiu com as amigas pra pista de dança.

(n/a: põe meus guys pra tocar e vamos animar a festa! \o/)

Uma batida forte tomou conta do ambiente e Demi sorria e dançava com as amigas acompanhando a letra da música. Parei para ouvir e mais uma vez ri sozinho da ironia do destino.

I've got nowhere left to run
(Eu não tenho para onde correr)
I've got nowhere left to hide
(Eu não tenho lugar para me seconder)
If you leave me
(Se você me deixar)
If you leave me I would die
(Se você me deixar, eu morrerei)

Levantei devagar e caminhei com as mãos no bolso até onde Demi estava dançando com as amigas. Ela estava de costas quando me aproximei e abracei sua cintura. Demi assustou-se, mas, quando notou que era eu, apenas sorriu e voltou a dançar.

Without you (without you I'm not a survivor)
(Sem você (sem você não sou um sobrevivente))
Without you (without you I'm not a survivor)
(Sem você (sem você não sou um sobrevivente))
I can't leave you
(Eu não posso deixá-la)

Demi começou a dançar bem próxima de mim. Ela rebolava, propositalmente, encostando nossos quadris. Provocante, sensual... Tão minha. E, como em um passe de mágica, nada mais estava ao nosso redor. Estávamos em um mundo paralelo. Repleto de sedução e segundas, terceiras, quartas e infinitas intenções...

'Cause I need you
(Porque eu preciso de você)
Yes I need you
(Sim, eu preciso de você)
To save me
(Para me salvar)
To save me
(Para me salvar)
From the doom
(Da desgraça)

Apertei minhas mãos na cintura de Demi e a puxei ainda mais pra mim, quase fundido nossos corpos. Ela arfou baixinho e sorriu, maliciosa. Rocei meus lábios por toda a extensão descoberta do pescoço dela e a vi arrepiar com meu carinho. Estávamos nos provocando e eu estava adorando isso.

I've got no more love to give
(Eu não tenho mais amor para dar)
I've got no more tears to cry
(Eu não tenho mais lágrimas para chorar)
If you leave me
(Se você me deixar)
If you leave me
(Se você me deixar)
I would die
(Eu morrerei)

Em um movimento rápido, virei Demi de frente pra mim e, no momento em que nossos olhares se encontraram, senti aquelas, tão conhecidas, borboletas no estômago. Enquanto nos encarávamos, continuávamos a balançar nossos corpos ao som da música. Minhas mãos desceram, milimétricamente, para os quadris da garota e a trouxe mais pra perto.

'Cause I need you
(Porque eu preciso de você)
'Cause I need you
(Porque eu preciso de você)
To save me
(Para me salvar)
To save me
(Para me salvar)
From the doom
(Da desgraça)

Demi passou os braços por meu pescoço e começou a fazer um carinho gostoso em minha nuca, me fazendo fechar os olhos. Senti os lábios dela roçado nos meus e um arrepio imediato percorreu minha espinha. Eu poderia passar toda a minha vida sentindo nossos lábios brincando, sem cansar, sem enjoar, sem parar...

I've got nowhere left to run
(Eu não tenho nenhum lugar para corer)
I've got no more left to hide
(Eu não tenho mais onde me seconder)
If you leave me
(Se você me deixar)
If you leave me I would die
(Se você me deixar, eu morrerei)

Selamos nossos lábios e logo aprofundamos o beijo. Nossas línguas travavam uma luta sincronizada e gostosa. O sabor do beijo dela era inigualável e extremamente viciante. Quanto mais eu provava, mais eu queria. O beijo tornava-se cada vez mais caloroso fazendo-me apertar Demi em meus braços e, quase, levantá-la do chão. Eu queria poder sentir cada pedaço do corpo dela, cada centímetro que ainda não conhecia, apesar de ter certeza que não existia. naquele momento me vi completamente desesperado. Não podia perdê-la.

I've got nowhere
(Eu não tenho pra onde)
I've got nowhere
(Eu não tenho pra onde)
If you leave me
(Se você me deixar)
If you leave me
(Se você me deixar)
I would die
(Eu morrerei)

Separamos o beijo, já sem fôlego. Afundei meu rosto na curva do pescoço de Demi e sussurrei ao pé do seu ouvido a frase final da música. Com certeza traduzia tudo o que estava sentindo naquele momento.

- If you leave me, I would die... – sussurrei com a voz meio embargada.
- Eu não vou deixar você, Joe. – ela respondeu e depois depositou um beijo em meu pescoço.

Ouvir aquilo fez meu coração acelerar. Tudo o que eu mais queria era tê-la pra mim, pra sempre! Como eu faria isso? Como contaria a ela? Não era justo! Com nenhum de nós dois.

Depois do nosso “show” na pista de dança, voltamos a nos sentar junto com as amigas de Demi. Já passavam das duas da manhã quando Demi me pediu para irmos embora. Meus pensamentos vagavam, concentrados em buscar uma solução. Demi pareceu perceber isso e me deixou quieto, não tentou puxar assunto, até chagarmos em frente a casa dela.

- Tá tudo bem? – ela perguntou franzindo o cenho.
- Tá sim, meu bem. – respondi sorrindo um pouco e me virando pra fazer um carinho na bochecha dela – Só um pouco cansando. Sabe, eu não tenho mais 17 anos...

Demi riu e balançou a cabeça negativamente. Aproximei nossos lábios e os selei brevemente, em uma espécie de “beijo de boa noite”.

- Boa noite, vizinho. – ela disse e riu.
- Boa noite, meu bem. – respondi sorrindo.

Demi saiu do carro e caminhou até a porta de sua casa, acenou brevemente antes de entrar. Estacionei o carro em minha garagem e caminhei, com as mãos nos bolsos e de cabeça baixa, até a entrada da minha casa.

Eu precisava encontrar um modo de resolver isso. Não queria perder Demi, mas tinha medo do que poderia acontecer com Ashley e com o bebê se eu a deixasse. Era uma “faca de dois gumes”. Eu iria perder algo que amava muito, de qualquer maneira. O que me restava, era decidi o que me faria menos falta.

Continua...

2 comentários:

  1. Esse dilema me deixa curiosa... Tenho quase certeza que ele vai escolher a Demi (ou será que não?), resta saber o que será da Ashley. Ela tá sensível e precisa de cuidado, qualquer coisa pode destruir ela psicologicamente, poxa... :/

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    1. Essa historia vai ter uma reviravolta interessante. (:

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