terça-feira, 12 de março de 2013

Querido Diário - Parte 6

CONFORTO

— Mais uma vez, Joe. Mais uma.
O trem continuava a passar, fazendo muito barulho e eu só conseguia chorar, nada mais.
Porque isso? Porque essa garota esta me atormentando?
Senti meu celular vibrar pela terceira vez.

"Você corre, mas não é tão rápida."

— QUE DROGA! — A raiva era tamanha que eu joguei meu celular no chão.
— Demi! Calma. — Joseph se sentou ao meu lado. Senti seus braços me envolverem em um abraço apertado. Ficamos em silêncio por um bom tempo.
— Me leva pra casa?
— Claro, vem.
Voltamos pelo mesmo caminho que fizemos até chegarmos em minha casa. Ali estava vazio como sempre, minha mãe estava no trabalho e meu pai provavelmente não quer voltar pra casa. Estou sozinha como nunca estive em toda a minha vida. Minha família esta destruída e eu não posso mover uma palha pra tentar fazer isso melhorar. E se eu fizesse alguma escolha errada em minha vida, tenho certeza que essa escolha prevaleceria, pois nem meus pais eu tenho mais.
E tem Joseph que me afeta tanto, que é um amigo, companheiro, esta aqui sempre comigo, me ajudando, me ninando e... e o resto eu não sei.
Peguei meu celular e olhei mais uma vez a mensagem que havia chego. "Você corre, mas não é tão rápida". Isso me fazia desconfiar e acredita ainda mais de que fosse ela...

~Flashback~

Estávamos correndo, apostando corrida, eu e a Charlie adoramos competir. Charlie como quase sempre, ganhou mais uma vez.
— Você ganhou mais uma vez! — Exclamei derrotada.
— Ganhei. — Ela deu uma gostosa gargalhada.
— Como sempre né.
— Você corre, mas não é tão rápida. — Ela sorriu e me abraçou.

~Flashback~

Você corre, mas não é tão rápida.
Isso se tornou mais uma coisa que vai me assombrar.
— Joe.
— Fala.
— Fica hoje aqui comigo?
— E seus pais?
— Eles não veem nada além de si próprios. Não vão nem perceber que você ta aqui.
— Então eu fico.
Nós estamos sentados na minha cama. Estou toda suada e fedendo, e ele também.
— Acho que deveríamos tomar um banho, olha só isso. — Apontei pra mim mesma. — Estou pingando de suor. Aquela corrida me deixou cansada. — Me levantei, peguei uma toalha no armário e joguei pra ele. — Aqui, pode ir, eu vou pegar umas roupas pra você.
— Ta.
Saímos do meu quarto, ele em direção ao banheiro e eu fui até o quarto de hospedes em que meu pai estava e peguei algumas roupas. Ele não fica mais em casa então nem vai perceber que estão faltando algumas roupas. Faz dias que eu não o vejo realmente, nem conversar comigo ele faz mais. Sempre sai e só, me deixa aqui sozinha. 
Fui direto para o banheiro e bati na porta, logo recebi a resposta: 
— Entra.
Entrei e deixei as roupas em cima do banquinho que la havia. Para minha sorte ou azar o vidro que separa o box do banheiro é transparente. Já pode imaginar o que eu to vendo.
— Ah, meu Deus me desculpe. — Ele ta peladão na minha frente, e eu rindo feito uma retardada.
— Demi, eita. — Ele pôs a mão na suas partes mas eu já vi mesmo então tanto faz.
Tapei meus olhos com as mãos e esperei até que ele colocasse a toalha
— Pronto.
— Desculpa sério. Não foi minha intenção. — E não foi mesmo. Hm.
— Sei, confessa que você fez de proposito.
— Eu não fiz nada de proposito. Entrei inocentemente aqui só pra te trazer as roupas.
— Inocentemente.— Repetiu ele se aproximando.
— Inocentemente.— Repeti pela segunda vez enquanto ele chegava ainda mais perto.
Não faz isso comigo homem, você aqui só de toalha, Jesus apaga a luz.
Ele esta tão perto agora que eu só consigo olhar para boca e para o peito dele. Nossa, mamãe e papai trabalharam a beça.
Ele me empurrou pra trás, de modo que eu fiquei de costas para a porta. Eu não hesitei e puxei ele para mais perto e o beijei. Ele correspondeu meu beijo segurando meu cabelo, suas mãos envolvem minha cintura. O beijo vai se intensificando ainda mais e ele começa a tirar a minha blusa. Estou toda suada mas nem ligo.
Ele vai se afastando e me puxa junto a ele, ainda me beijando ele abre a porta do banheiro, saindo para o corredor em direção ao meu quarto. Entramos e ele me prensa contra a porta fechando-a. Joseph desce suas mãos para meu quadril e logo depois para minhas pernas me puxando contra ele. Assim me pondo em seu colo. Coloco minhas pernas em volta da sua cintura, entrelaço elas de modo que ele fique mais junto a mim. Ele desse seus beijos para meu pescoço.
Não sei como ele esta se sentindo, mas estou toda arrepiada. Eu sei muito bem o que esta prestes a acontecer, mas não ligo, o meu desejo é maior que isso e sim, sei que posso me arrepender, mas hoje não, hoje eu só quero aproveitar.
Acordei com Joseph me olhando, sorri automaticamente ao vê-lo ali. Minha primeira vez tinha sido sim inesquecível.
— Oi. — Ele sorriu.
— Oi. — Respondi. — Que horas são?
— Três horas.
— TRÊS HORAS?
— É.
Levantei-me da cama em desespero, minha mãe chegava cedo hoje. E se ela me viu, ai Deus.
Me dei conta de que estava completamente nua quando vi Joseph me olhando com um olhar malicioso.
— Que é? Nunca viu não? — Puxei meu lençol e me enrolei.
— Sua mãe não ta em casa. — Ele disse se levantando e indo até mim. — Nem seu pai.— E me deu um selinho.
— Sério? — Nossa, deveria estar parecendo uma ridícula.
— Sim.
— Ah.
Depois disso eu tomei um rápido banho e voltei ao meu quarto, Joseph já estava completamente vestido.
Demos uma olhada no tal blog e o que encontramos lá foi mais uma parte da minha intimidade exposta.

15 de janeiro de 2012
Querido Diário... 

Se eu dissesse que fiz um coisa que eu gostei mas no final achei muito nojento você acreditaria?
Pois é, não vou entrar em detalhes, até porque seria improprio...

Havia ainda um PS embaixo.

PS: Suas mãos trabalharam bastante né.

 Que porra essa menina. Não me deixa em paz.
— Mas que cretina, vadia, desgraçada.
— Eu entendi mal ou você...
— É, é. — Ele me olhou com uma cara estanha. — Todo mundo faz isso, pode parar de me olhar assim.
— Não to fazendo nada.
— Pára!
— Parar com o que?
— De me olhar assim.
— Assim como? — Ele só pode estar me gozando.
— Desse jeito ai.
— Ta bom.
— É sério. Mas agora, você que é o sabe tudo daqui, faz seus truques pra gente achar ela.
— Aqui não da, tudo que eu preciso esta no meu computador.
— Aaaah, ta, então vamos lá.
— Amanhã a gente faz isso. — Pediu com a voz manhosa. Tem como não se apaixonar?
— Não! Ué, você quer ficar aqui de boa enquanto ela me envergonha?
— Você disse que já estava ficando acostumada.
— Disse que estava e não que estou, tem diferença nisso ai.
— É mas...
Fomos interrompidos pelo meu celular que vibrava pela quarta vez no dia.

"A sua tarde foi um show erótico pra mim, vi tudinho, bem da sua janela."

— Que?
Levantei-me da cadeira e fui direto pra janela do meu quarto, bem na frente tem uma árvore que pode ser facilmente escalada dando a visão interina do meu quarto.
— Essa menina é uma tarada.
— Mas que porcalhona, suja, nojenta.

Quarta-feira amanheceu muito fria e chuvosa, mais um motivo pra eu ficar em casa e não ir a escola.  E é sim o que eu vou fazer, não piso mais naquele lugar até resolver esse problema. Já basta as humilhações pra cima de mim, cansei disso.
Passei a manhã inteira assistindo desenho na televisão. Meu pai e minha mãe saíram cedo, me deixando mais uma vez sozinha em casa. Depois do almoço Joseph me ligou pedindo pra eu ir até a sua casa. Ele me passou a lição perdida e tentou rastrear o dispositivo que a garota esta usando. Ela parou de usar o computador da cafeteria, mas como ele é um Expert no assunto, conseguiu localiza-lá novamente. Só que dessa vez o pontinho vermelho do mapa indicou um hotelzinho no centro da cidade.
— A gente vai até lá? — Perguntei a Joseph.
— Vamos com certeza. Mas antes eu queria te fazer um pedido.
— Pois faça.
— Namora comigo?
— É sério que você ta me pedindo isso?
— Ah desculpe, se você não quiser não tem obrigação de aceitar.
— Não, não é isso, é que eu achei meio rápido. Mas eu já to toda lascada mesmo, então eu aceito.
Dito isso ele sorriu e me beijou.
— Vem, vamos resolver isso logo.
— Vamos. — Respondi.
Saímos da sua casa sem pressa, fomos conversando e batendo muito papo durante o caminho.
Paramos em frente a um hotel surrado que ficava ao lado de um bar.
Descemos do carro e eu entrei, perguntei para a balconista informações sobre uma hóspede. Mas ela não quis revelar.
Pelo celular dava pra ver o mapa em detalhes, inclusive cada andar do prédio. O pontinho vermelho estava marcando que ela talvez estivesse no quarto 212. Mas não tenho como subir lá. Então voltei ao carro e contei minha ideia repentina a Joseph que apoiou.
Fiquei esperando do lado de fora enquanto Joseph entrou e deu seus pulinhos para tentar distrair a moça. Ela foi tão retardada que eu consegui pegar facilmente a chave reserva do quarto 212. E subi escondido pelas escadas laterais até o quarto.

CONTINUA...

12 comentários:

  1. Suspense...
    hehehe
    aiinnn eles tão namorando!kkkk
    postaaaaa
    bjks

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  2. *o*
    qui tudoooo
    *-* Será que ela vai pegar *-*

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  3. nova seguidora u_u.
    que cap. foi esse simplesmente maravilhoso.
    oq sera q vai acontecer. momento jemi tão ownn.
    curiosidade a millll
    posta logo <3

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    1. Seja bem vinda linda.
      Obrigado amor, que bom que vc gostou.
      Capitulo postado.
      bjs

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  4. eu amei postaaaaaa!!!!
    suas fics são ótimas vc poderia dar uma passada no meu blog;
    http://minhashistoriasdejemi.blogspot.com.br

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    1. Postado linda.
      Dei uma olhadinha no seu blog e já estou seguindo.

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  5. Nossa, mamãe e papai trabalharam a beça. kkkkkkkkkkk!
    Trabalharam e trabalharam muio bem kkkkkkkkkkk!
    Amei mesmo... E concertesa essa menina é uma completa tarada!!!

    Suspense~~

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    1. kkkkkkkkk, que bom linda, fico feliz que tenha gostado.
      E é mesmo, mt tarada. Só faz a santa, mas disso não tem nada.

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