quinta-feira, 14 de março de 2013

Querido Diário - Parte 7 - Final

MORTE INESPERADA

Abri a porta do quarto com a chave reserva e depois fechei.
Pelo modo como o quarto estava parecia ser mesmo hospedado por uma mulher. Tudo bem arrumadinho. Havia uma cama de casal bem grande à um canto do quarto. De cada lado um criado mudo. Havia prateleiras pelo quarto, um armário com muitas gavetas e uma mesa.
Fui até o armário e abri uma de suas gavetas. Ali tinha algumas roupas. Não me interessei realmente por nada ali até que um porta retrato em cima da mesa onde tinha um laptop desligado me chamar atenção.
Havia ali no porta retrato uma foto minha e da minha melhor amiga.

~Flashback~

Eu e a Charlie chegamos aqui na praia faz dois dias, viemos com os meus pais e os pais dela.
Estamos tirando varias fotos lindas para colocarmos no mural do meu quarto. Mas uma em especial eu adorei e ela também, então resolvi que vou da-la de presente.
— Aqui, pra você. — Estendi a foto.
— Eu adorei essa, obrigado amiga, vou colocar no meu porta retrato favorito. Eu e minha melhor amiga.

~Flashback~

— Já xeretou bastante? — Ouvi uma voz soar atrás de mim. Me virei lentamente e ali estava ela.
Alta, magra e de cabelos pretos, parte do seu rosto estava totalmente queimado, a aparência dela é medonha.
— Você!?!
— Euzinha. — Sorriu sínica.
Ela esta parada em frente a porta, apoiando um dos braços na parede, seu sorriso é torto e sua voz cheia de sarcasmo. Ela não se parece em nada com a Charlie de dois anos atrás. Seus modo de falar, de se portar, o seu olhar, tudo esta diferente.
— Que foi? Ta com nojo do meu rostinho derretido? — Disse ela com desdém. — É feio né?
Eu não sabia o que dizer.
— Alguém comeu a sua língua?
— Não. Eu...
— Ah, cala essa boca sua vadia. Cale já essa matraca sua retardada.
— Você é ridícula  Se tornou ridícula  olhe só pra você. Porque faz isso? Porque está fazendo isso comigo? Eu não te fiz nada.
— Ah fez, fez sim. Não se faça de sonsa.
— Não estou me fazendo de sonsa. Eu realmente não sei o que esta acontecendo. Não sei o que você quer.
— Eu quero vingança idiota.
— Vingança? — Perguntei, estou confusa, realmente confusa.
— É. — Disse ela sorrindo como se fosse a coisa mais natural no mundo. — Você me deixou lá, me deixou queimar, você é a culpada.
— Você que se fingiu de morta. você que me fez sofrer por meses, me fez chorar por você, enquanto estava por ai, vivendo a sua vidinha.
— A minha vidinha? Que vida, que vida que eu vou ter? Eu não sirvo pra nada, eu quero morrer, eu prefiro morrer ao ter que me olhar no espelho e enxergar esse monstro que eu sou. Olhe pra mim, olhe pra mim e veja. Estou feia, nojenta, destruída.
— Você é insana, não fala nada com nada, não explica o porque.
— É o porque que você quer saber?
Acenei positivamente com a cabeça.
— Pois bem. Foi muito fácil. Eu queimei o meu rosto no acidente e bem, depois disso ele ficou quase dois meses enfaixado.
"Um enfermeira tapada trocou os prontuários e as pastas. A outra garota que estava lá morreu com meu nome e logo depois eu assumi o seu. Não sou mais a Charlie, a Charlie esta morta."
Ela sorriu doentio.
— Mas ainda não faz sentindo. Porque fez isso comigo?
— Você me deixou lá pra morrer. Preferiu se soltar e sair ao me ajudar. Me deixou naquele carro pra eu derreter lá dentro até a morte enquanto você se salvava.
"Foi legal fazer isso. Deixar todo mundo ler a sua intimidade, saber coisas suas. Eu sabia que você viria atrás de mim, sabia que não ia desistir de encontrar quem estava fazendo isso. Eu facilitei pra você. Eu quis ser achada. E agora que isso aconteceu eu posso finalmente me vingar. Posso finalmente te matar."
Dito isso ela partiu pra cima de mim. Me empurrou contra a parede e me segurou pelo pescoço. Eu fiz o mesmo colocando minhas mãos em sua garganta apertando o máximo que pude.
Ela começou a gritar e falar ao mesmo tempo.
— VOCÊ ME DEIXOU LÁ PARA MORRER. OLHE PRA MIM, VOCÊ QUERIA QUE ISSO ACONTECESSE, VOCÊ FEZ ISSO COMIGO.
Ela bateu a minha cabeça na parede, senti tudo rodar, mas continuei firme. Meu rosto estava quente e molhado. Sangue é o mais provável.
 Pisei no seu pé com a maior força que tive, ela gritou e afrouxou o aperto em meu pescoço. Feito isso consegui empurra-la para longe de mim. Ela tropeçou e caiu, antes batendo seu pescoço na quina da comoda, ouvi o barulho de algo quebrando, seus corpo aterrissou no chão, imóvel.
Olhei bem a imagem que vi na minha frente, finalmente eu tinha a achado, mas agora ela estava ali, morta. Eu fiz isso, eu a empurrei, eu a matei.
A porta se abriu, Joseph entrou por ela e observou a cena.
Meus olhos estavam cheios de lágrimas, a cada gota mais culpa.
Senti Joseph perto de mim e o abracei o mais forte que pude.
— Eu matei ela, não era pra isso acontecer, eu matei, matei...
— Shhh. Você não fez nada. Você só se defendeu, não tem culpa de nada.
— Tenho sim, fui eu quem fez isso, ela tinha razão.
— Não tinha, não sei o que ela te disse, mas não é verdade.
Joseph me conduziu até o lado de fora do hotel. Ali, já havia policiais e uma ambulância.
Uma enfermeira veio até mim e começou a limpar o corte que havia na minha testa. Senti arder, estremeci. Joseph ficou comigo o tempo todo.
O barulho e algo sendo arrastado estava se aproximando, olhei em direção a porta do hotel e ali vinha uma especie de cama, acima algo enrolado em um saco preto. Charlie...
— Vou levar você pra casa. — Joseph comunicou.
Pra que viver?

...

— Foi o que aconteceu. Eu me defendi apenas. Não era o que queria que acontecesse, mas aconteceu.
— Tudo bem, você já pode ir. Seu depoimento será arquivado.
Sai da sala do delegado e fui me encontrar com Joseph. A policia queria saber todos os detalhes do ocorrido, já havia repetido a história umas três vezes. Quero esquecer, mas parece impossível.
Não quero lembrar do que aconteceu, isso ainda me assombra. Não é um trauma, é mais um receio de tudo isso. Um medo talvez.
Eu recuperei todos os meus diários e os guardei de volta à uma gaveta totalmente restaurada. Mas de hoje em diante não quero mais fazer da minha vida um livro. Aquele site ridículo foi tirado do ar. Estou bem mais aliviada. Tenho um amigo agora e posso desabafar com ele sempre que quiser.
Foi uma coisa estranha, feia e rude, mas eu aprendi a ser mais criteriosa na escolha das minhas amizades, colocando sempre um muro transparente na frente.

FIM.

*Esse é o fim dessa mini-fic, espero que não tenham se decepcionado com o final. Eu adorei escrever essa web e espero realmente que tenham gostado. Comentem pra eu saber o que acharam. xx

8 comentários:

  1. lindo o final!
    perfeito!:)
    talitalitajeminatica.blogspot.com

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  2. Veiooooooooooooooooo Perfeito mas essa historia nao era pra ter fim :'(

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  3. Simplismente perfeita!! Muito bem elaborada .to pasma nao acredito q foi a Charlie q bicth e todos os momentos jemi sao perfeitos .vc escreve maravilhosamente bem todas as suas fics sao otimas

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    Respostas
    1. AAAH, obrigada linda, fico até emocionada de ler isso. Muito obrigada por ler. Acho que essa é a minha melhor fic té agora.
      Charlie muito bitch, né?
      kkkkkkkk.

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