sexta-feira, 8 de março de 2013

Capítulo 33 – Final - No More "I'm sorry's" I Don't Have The Time - Final

Meninas, pra quem estava lendo esta fic (Sweet Seventeen), finalmente o ultimo capitulo, espero que gostem, eu amei. Aproveitem, bjs.

Era madrugada e a chuva caia impiedosa do lado de fora do carro. A visão era quase nula, me forçando a andar em uma velocidade mínima, o que muito me desagradava, pois o que mais queria agora era minha cama e um bom chocolate quente.

O dia de trabalho havia sido difícil e cansativo e ao fim do expediente, como era costume em toda a sexta-feira, Alice, o marido dela, eu e mais alguns amigos fomos a um bar que ficava próximo ao escritório. Não bebi muito, porque precisava dirigir depois, mas bebi o suficiente para me deixar melhor.

Fazia mais de uma semana que não falava com Demi, desde aquela conversa que tivemos. Confesso que mais por eu não querer mesmo, pois todo o dia quando eu saio para o trabalho ela está lá na frente, como se apenas para me cumprimentar.

Eu não queria mais alimentar esperanças. Já havia me conformado com o fato de que tinha perdido 4 anos da minha vida esperando por uma pessoa que nunca me amou, por uma pessoa que me tinha como um simples desejo sexual, uma fantasia de menina. Ainda doía lembrar disso.

A cada quilometro que avançava em direção de casa, a chuva parecia ficar mais forte. Pensei em parar com o carro e esperar o tempo amenizar, mas a vontade de estar debaixo das minhas cobertas quentinhas falou mais alto. Um trajeto que, em dias normais, eu fazia em poucos minutos, pareceu levar horas.

Soltei um longo suspiro de alívio assim que entrei com o carro na rua onde morava. Não via a hora de estar no conforto da minha cama embaixo dos meus lençóis. Quando estava bem perto da garagem, acionei o botão que abria o portão, mas nada aconteceu. Acionei mais uma vez e o portão nem sequer se mexeu.

- Mas que droga! – exclamei.

A última coisa que queria era ter que sair no meio daquela chuva, mas estava me parecendo a única solução. Deixei o carro próximo ao meio-fio e me preparei para sair do carro. Respirei fundo e abri a porta, correndo logo em seguida, mas antes que eu chegasse às escadas que me levariam a porta da frente, uma visão me fez parar no lugar onde estava, sem nem me dar conta da chuva que caía sobre mim.

Sentada em um dos degraus, com a cabeça entre as pernas e completamente encharcada. Demi não pareceu notar minha chegada e não a culpo, o barulho da chuva era tão intenso que mesmo que uma bomba caísse seria impossível de ouvir.

Dei dois passos curtos em sua direção e foi quando ela levantou o rosto, fazendo me estancar novamente. Ela estava chorando, mesmo com o rosto molhado pela chuva, os olhos vermelhos e inchados a condenavam.

Demi pôs-se de pé sem desviar os olhos do meu. Sua respiração era pesada, fazendo seu peito subir e descer rapidamente. Não conseguia dizer nada, mas, naquele momento, palavras pareciam tolices. Sabíamos o que se passava na mente um do outro, era possível ler através dos olhos.

Então, com um piscar de olhos, Demi correu em minha direção e se jogou em meus braços. Primeiro um abraço, intenso e acolhedor, trazendo-a para mais perto de mim, quase a fundindo ao meu corpo, como se fôssemos um só.  Depois, como se fosse algo automático, nossas bocas se procuraram, iniciando o beijo que tanto esperamos para compartilhar. Tanta coisa estava implícita naquele beijo que não caberia aqui. Mas a principal dela era: Perdão. Estávamos nos perdoando por tudo e por nada. Estávamos dando início a um novo começo.

Comecei a andar em direção a porta, sem largá-la e sem deixar de beijá-la por um segundo sequer. De algum modo, fomos parar do lado de dentro da minha casa. Desci Demi do meu colo e a imprensei contra a parede, intensificando o beijo e nosso contato corporal.

Há tanto tempo que eu ansiava por isso que tudo parecia um sonho. Minhas mãos trêmulas se firmaram na cintura dela e traziam de encontro ao meu corpo de tempos em tempos. Os beijos não cessavam, pelo contrário, tornavam-se cada vez mais necessários.

Senti as mãos macias de Demi adentrarem por minha blusa, acariciando minhas costas e me fazendo arfar com o toque. Sem pedi permissão ou algo do tipo, a suspendi do chão e a carreguei até o andar de cima, mas não até o quarto...

- Acho que você conhece bem esse cômodo – consegui dizer com a respiração falha e sem soltá-la dos meus braços.

Demi sorriu ao constatar do que ei falava e balançou a cabeça em sinal de afirmação. Com cuidado, desvencilhou-se dos meus braços e adentrou a sala de espelhos que por tantas vezes evitei. Ela caminhou lentamente, passando os dedos de leve pelas barras de madeira que deviam estar empoeiradas, até que parou no meio da sala e virou-se pra mim, que a observava apoiado na batente da porta.

- Joe eu menti... – ela disse com a voz em um sussurro.
- Sobre? – perguntei, levando os braços a altura do peito, cruzando-os em seguida.
- Nós. – ela fez uma pequena pausa para umedecer os lábios enquanto eu esperava para ouvir atentamente o que ela tinha a dizer. Mais uma vez. – Eu nunca tive dúvidas sobre o que sinto por você, nem tão pouco acho que seja só aração, mas é que...
- É que você achava que eu podia não sentir o mesmo... Ficou com medo... Blábláblá... – eu a interrompi fazendo com que ela me olhasse de um jeito curioso. Eu ri marotamente e caminhei a passos lentos até ela.  – Sinceramente, Demetria, eu já estou cansado de palavras. Acho que ambos sabemos que nunca fomos bons com elas certo?! Que tal irmos direto pra parte onde sempre nos entendemos bem, o que me diz?

Demi tinha o olhos fixo nos meus e a boca entreaberta em sinal de perplexidade. Não sei se chocada com minhas palavras ou se com toda a ironia marota contida nelas.

- Quem é você e o que fez com meu Joe? – ela perguntou em um meio sorriso.
- Digamos que eu aprendi com a melhor professora de todas. – respondi puxando-a para meus braços.
- Eu amo você, Joe e amo pra sempre! – ela disse com os lábios encostados nos meus.
- Eu sempre amei você, Demi, e vou amar por toda a vida! – eu respondi enquanto roubava selinhos dela.
- Nada vai nos separar agora né?! – ela perguntou já com os olhos fechados, completamente entregue.

Contemplei o rosto alvo daquela menina que eu tanto amava e acariciei com o polegar, vendo-a abrir os olhos em câmera lenta e fixá-los em mim, esperando pela resposta.

- Nada vai nos separar! Nunca mais! – respondi com toda a convicção que tinha em meu peito.

Pois agora eu sabia, podia sentir. Estávamos no lugar certo, no único lugar onde devíamos estar. Nos braços um do outro. Sem dúvidas, sem medos... Apenas nós. Pertencendo um ao outro, como sempre foi, desde a primeira vez.


FIM

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