Sai do quarto vendo Demi se contorcer de dor. Se algo acontecesse com ela ou meu filho eu jamais me perdoaria. Fui para a sala de espera onde Selena lia uma revista qualquer, mas ao me ver veio logo perguntando como Demi estava. Quando a contei tudo a mesma começou a chorar.
_SE ALGO ACONTECER COM MINHA AMIGA OU MEU SOBRINHO EU TE MATO JOSEPH!_ Me ameaçou chorando. Nada do que Selena me dissesse poderia me deixar pior do que estava. Sentei-me em um canto qualquer a espera de noticias.
Já estava naquele desespero fazia horas, mas nada do médico aparecer. Selena havia se rendido ao cansaço, se sentando em uma das poltronas. Ambos já não tinham mais lagrimas para derramar.
_Acompanhantes da Senhorita Demetria Lovato?_ Fui interrompido de meus pensamentos com a enfermeira nos chamando para ir a encontro do médico em uma sala. Sai praticamente correndo.
_Como ela está? Como meu filho está?_ Perguntei desesperado.
_Sentem-se, por favor._ Pediu apontando para as cadeiras em nossa frente.
_Agora nos diga, como ela esta?_Selena perguntou já que estava mais calma que eu.
_Ela está bem._ Respondeu com um papel em suas mãos.
_Então quer dizer que eles estão bem?_ Perguntei querendo ter certeza. O vi abaixar a cabeça._ Por favor, me diga que meu filho também está bem._Supliquei.
_Como já havia lhe dito antes, o útero dela não estava preparado para uma gravidez e ela ficou muito alterada, podendo ter feito algum esforço para gritar ou algo do tipo, que fez com que a hemorragia voltasse._A única coisa que consegui entender foi “Você matou seu filho”. As lagrimas escorriam soltas por meu rosto. Podem dizer que homem não chora, mas que se dane o que pensam, eu matei meu filho!
_Vai ficar tudo bem Joe._ Selena tentou me consolar me abraçando. Minha única vontade era sair correndo sem rumo algum, mas não poderia deixar Demi sozinha agora.
_Ela nunca vai me perdoar Sel._ Disse entre soluços._ Eu nunca vou me perdoar._ Sussurrei para mim mesmo. Sel apenas me abraçou mais forte.
Demi “ON”
A dor foi sumindo enquanto escutava médicos chamarem por meu nome um tanto longe de mim. Não conseguia abrir meus olhos, o que me levava ao desespero. Depois de um tempo não escutava nada também, apenas tinha a sensação de estar em um lugar sombrio, sozinha.
Acordei confusa, sentindo um vazio em meu peito. Pude ver Joe ao meu lado segurando minha mão esquerda enquanto carregava uma expressão triste no olhar. Sorri o encarando e a única coisa que vi em seus olhos foi o vazio. Nunca o tinha visto assim.
_Você está bem?_ Perguntei preocupada virando minha mão que estava junto a sua para poder entrelaçar nossos dedos. Pude ver uma lagrima cair._ O que aconteceu Joe?_ Perguntei um tanto calma.
_Me perdoa Demi._ Disse olhando em meus olhos._ Eu não queria..._ Suas lagrimas agora desciam mais desesperadas.
_O que aconteceu Joe?_ Perguntei mais uma vez, porém um pouco mais desesperada.
_Nosso filho..._ Sussurrou. Não precisei de mais nenhuma palavra para entender. Passei minha mão livre sobre minha barriga. Não senti emoção nenhuma. Minha garganta se fechou em um nó enquanto minhas lagrimas secavam. Meu coração parecia estar sendo esmagado. Minha cabeça estava uma confusão. O olhei sem sentimento algum, o mesmo me deu um beijo na testa sussurrando “Eu te amo”,
_Sai._ Pedi. Precisava ficar sozinha para por os pensamentos em ordem, ou ao menos tentar. Ele não protestou, apenas assentiu se virando para sair do quarto.
Minha única vontade era de chorar. Chorar pela morte do meu filho, mas as lagrimas pareciam terem virado pedras. O pior sentimento que uma pessoa pode sentir é a solidão, e era isso que sentia nesse momento. Só quero entender por que nada em minha vida da certo. Por que as pessoas que mais amo se vão e eu tenho que continuar nessa vida miserável? Não sei se suportarei toda essa dor.
(...)
Exatamente uma semana havia se passado desde o ocorrido. Joe não me visitou mais depois daquele dia. Para falar a verdade, eu pedi para que não viesse. De certo modo eu o culpava por tudo. Egoísmo? Não sei, talvez só esteja procurando alguém para culpar. O médico me explicou que mesmo se a gravidez tivesse avançado o risco ainda seria grande. Sim, estou sendo injusta com todos. Selena e Carmem tentam de todas as maneiras me tirar desse quarto, mas sem sucesso.
_Demi?_ Escutei uma voz baixa e rouca do lado de fora do quarto. Nada respondi, mas logo em seguida ouvi a porta ser aberta. Era ele._ Podemos conversar?_ Perguntou um tanto receoso. Apenas assenti._ Está melhor?_ Não era uma pergunta, apenas uma tentativa inocente de começar um assunto nada agradável.
_Er...na medida do possível._ Sorri fraco.
_Eu não sei como te falar isso, mas preciso ouvir de você._ Abaixou a cabeça._ Me perdoa Demi?_ Sua expressão era de agonia. Sinceramente não sabia o que dizer, meu coração estava sendo triturado novamente.
_Joe eu... eu..._ Encolhi meus joelhos contra o peito._ Me desculpe, mas eu não consigo._ Deixei a primeira lagrima cair.
_Tudo bem._ Puxou uma de minhas mãos entrelaçando nossos dedos._ Eu te entendo._ Olhou em meus olhos._ Só me promete que vai lutar por sua felicidade?_ Não entendi o que ele estava querendo dizer, mas assenti. Nenhum dos dois ousou pronunciar uma palavra sequer, apenas fui puxada para um abraço onde ambos se entregaram a tristeza libertando as lagrimas presas juntas com ao nó que se formava na garganta._Leia apenas no dia em que estiver certa de que quer me perdoar._ Disse separando o abraço e me entregando um envelope azul céu com meu nome no verso.
_O que é isso?_ Perguntei curiosa.
_Algo que fiz pensando em você._ Confessou depositando um beijo em minha mão que estava junto a sua._ Eu te amo Demi._ Sussurrou em mais um abraço._ Adeus._ Disse por fim soltando nossas mãos e se levantando indo em direção a porta sem ao menos olhar para traz. Senti um aperto enorme em meu coração ao vê-lo atravessar a porta, mas não tive forças para ir atrás dele. O orgulho e a mágoa não deixaram.
_Eu também te amo._ Sussurrei para mim mesma em um tom quase inaudível. Suspirei sentindo seu cheiro ainda no ar como se fosse a ultima vez.
I was alone just because I wasn't like them
Eu estava sozinha só porque eu não era como eles
They made me excluded so cruelly
Fizeram-me tão cruelmente excluídos
Then there was you
Então não foi você
You stood by me
Você ficou ao meu lado
Ignored their words
Ignoradas as suas palavras
You became my best friend so true
Você se tornou meu melhor amigo tão verdadeiro ♪
Joe “ON”
Depois de tudo o que aconteceu tomei uma decisão muito importante para minha vida. Não iria apagar nada da minha memória, porém poderia fazer bem a todos que conviveram comigo. Minha simples presença só causava dor. Estava na hora de deixar as pessoas que amo serem felizes. Nessa ultima semana comprei as passagens aéreas e convenci meu pai de me trocar de escola. Iria me mudar para Paris, a cidade dos sonhos. Isso pode soar um tanto Gay, mas escolhi ir para lá, pois depois de terminar o ensino médio irei para a Jackson College, a melhor universidade de direito do continente.
_Está pronto?_ Ouvi meu pai perguntar enquanto entrava no quarto me tirando de meus pensamentos.
_Sim. _ Respondi simples colocando um ultimo objeto em minha mala. Um porta retrato com uma foto minha e de Demi. Fechei a mala indo em direção ao carro.
“Ultima chamada para o vôo J4251 com destino a Paris, portão 8.” Relutava comigo mesmo a entrar naquele avião, mas era preciso. É difícil deixar as pessoas que mais se ama para traz. Minha única força era saber que elas ficariam melhores sem mim. Abracei meu pai como despedida e segui meu caminho. Sentado em uma poltrona qualquer encostei a cabeça na janela vendo L.A ficar cada vez menor. Cada vez mais distante.
Long as that floating feeling I get in the moment
Enquanto eu tiver aquele frio na barriga do momento
Makes it really worth it
Vai fazer com que isso valha a pena ♫
Demi “ON”
Hoje estou voltando para a escola. Todos sabem do ocorrido, então já é de se imaginar que as garotas me fuzilam com os olhos, principalmente Camilla. Ela sempre tentou engravidar de Joseph quando namorados, porém nunca conseguiu. Segui em frente dando passos largos com medo de encontrá-lo pelos corredores. Nossas aulas eram juntas, mas na sala não poderíamos conversar, o que me aliviava um pouco.
_É tudo culpa sua!_ Camilla me parou quando ia entrar na sala. Fiquei quieta e tentei desviar e continuar andando, mas ela agarrou meu braço.
_Me solte, por favor._ Pedi um tanto educada tentando ignorá-la ao Maximo.
_ELE FOI EMBORA POR SUA CULPA!_ Gritou com ódio no olhar.
_Eu não sei do que você está falando. _ Realmente não estava entendendo nada.
_Joe saiu de Los Angeles por sua culpa!_ Me acusou._ Você vai pagar caro Lovato._ Ameaçou me soltando quando viu que a professora de aproximava.
Como assim ele fora embora? Não pode ser! Então aquele adeus realmente foi sincero. Meu peito ficou apertado enquanto meus olhos ficavam marejados. Eu o culpava, mas não era essa minha intenção. De certo modo ele era meu conforto, o único que sentia a mesma dor da perda. O que eu fiz? O que ele fez?
Entrei na sala olhando para baixo evitando encarar qualquer pessoa. Sentei na primeira carteira, no lugar de sempre. Não consegui prestar atenção em nenhuma aula, então decidi ir embora na hora do intervalo. Liguei para Wilmer pedindo para que fosse a minha casa. Sei que no momento em que mais precisei dele, o mesmo não estava comigo, mas Selena havia ido visitar a mãe e agora eu estava sozinha em casa já que Carmem ainda não havia voltado. Precisava de alguém para ao menos abraçar, mesmo que esse alguém não esteja se importando comigo. Cheguei em casa subindo direto para meu quarto. Peguei meu celular discando os números de seu celular, mas caiu direto na caixa postal. Provavelmente estava desligado. Olhei para o lado encontrando o envelope que me entregara em cima do meu criado mudo. Pensei em abrir, mas não podia. “Leia apenas no dia em que estiver certa de que quer me perdoar” isso não saia da minha cabeça. Será que realmente quero o perdoar? Será que há o que perdoar? Escutei batidinhas na minha porta. Sussurrei apenas um “Pode entrar” enquanto guardava o envelope em uma gaveta. Wilmer entrou com um sorriso sínico, mas naquele momento isso não importava. Levantei correndo em sua direção para abraçá-lo forte. Não eram seus braços em torno de mim que queria, mas era o que tinha para o momento.
Continua...
Créditos ao blog: http://fic-jemi.blogspot.com.br/
heey leitora nova aqui,tadinha da Demi, tomara que eles fiquem juntos de novo! Posta logo obs: morrendo de curiosidade aqui!!!
ResponderExcluirBem vinda linda e obrigada. Espero que goste. bjs
Excluirposta logo! tá perfeita! quero muito que eles fiquem juntos de novo!
ResponderExcluirPostado flor
ExcluirWilmer não tem sorriso sínico... ele já é, rs. Que nada... Eu gosto dele na real life, enfins.. quanto à história eu prefiro Jemi msm. Posta logo!
ResponderExcluirkkkkkkkk, mas tbm é sempre bom da uma mudada né. Postado, bjs linda.
ExcluirA fic Sweet Seventeen e a unica fic do seu blog q eu li e eles n tem um filho!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!! Bjos linda!
ResponderExcluirkkkk, alguma coisa tinha que mudar né.
ExcluirAhhhhh chorando litros aqui. Totalmente perfeita
ResponderExcluirque bom q gostou amor.
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