Capitulo 25 - "Era real"

Joe “On”

Sorria distraidamente com os flashbacks que se passaram diante dos meus olhos enquanto ainda me mantinha dentro daquele avião.

PS: Cenas não mencionadas na fic anteriormente.

Flashback

_Vamos lá Joseph._ Nicholas me chamava empolgado enquanto corria pelo parque.
_Você sabe que odeio que me chame de Joseph!_ Respondi um tanto emburrado.
_Deixa de ser chato Joe! Vamos logo, olha as meninas ali esperando para brincar com a gente._ Apesar de ser pequeno, Nicholas já corria de qualquer rabo de saia!

_Vamos logo._ Sai correndo atrás dele. Chegamos perto das garotas e Nick logo saiu inventando desculpinhas para abraça-las, e eu logico que fiz o mesmo.
                (...)
_Vai logo Joe._ Nick me apressava enquanto vigiava a pequena porta que dava acesso ao escorregador._ Daqui a pouco alguém vem brincar aqui!_ Continuava me apressando.
_Calma!_ Respondia nervoso. Estava prestes a dar meu primeiro beijo.
_Aeee!_ Gritou quando encostei meus lábios no da garotinha um tanto mais velha que eu.
Fim do Flashback
             
Jamais esqueci esse dia. Nick sempre foi do tipo que me empurrava para fazer o que ele não tinha coragem.

Flashback

A garota estava andando tímida pela praia iluminada somente pela lua. Seus cabelos negros davam um contraste maravilhoso em sua pele branca. Seu sorriso era contagiante. Peguei em sua mão entrelaçando nossos dedos com certo medo dela protestar.
_Nunca vim à praia a essa hora da noite._ Confessou olhando o mar._ É tão linda._ Disse com os olhinhos brilhando.
_Costumo vim aqui quando quero pensar._ Falei sincero acompanhando seu olhar.
                (...)
_Uma cor?_ Perguntava divertida.
_Adoro preto!_ Respondia no mesmo tom._ Cor?_ Retribua a pergunta.
_Também adoro preto!_ Riu._ Para onde iria se quisesse fugir?_ Pulou para a próxima pergunta enquanto estávamos sentados na areia.
_Paris._ Sorri._ A cidade dos sonhos._ Completei.
_Adoro Paris, apesar de nunca ter isso até lá._ Concordou com minha escolha virando para me olhar. A agarrei lhe dando um selinho que logo se transformou em um beijo. Aquele fora nosso segundo encontro, mas como se fosse o primeiro.

Fim do Flashback

Demi “ON”

Estava deitada na minha cama usando o peito do Wilmer para me proteger das lembranças. Por mais que eu estivesse com raiva dele, não queria que fosse embora. Não assim. Senti Wilmer deslizar uma de suas mãos pelas minhas costas a pousando em minha bunda logo a apertando.  Não me senti nada confortável, então dei impulso para me levantar, mas ele me segurou.
_Não fuja Demi._ Disse me puxando para seu lado e ficando por cima de mim._ Eu sou melhor que ele._ Afirmou._ Eu vou saber te dar prazer._ Continuou em um tom convincente.
_Não é isso._Disse tentando tira-lo de cima de mim sem sucesso. Seus lábios foram ao encontro da minha pele exporta pelo decote._ WIlmer eu..._ Como dizer ao seu namorado que está chorando por outro e o negar sexo no mesmo momento? Estava procurando as palavras certas._ Eu acabei de perder um bebê._ Tentei convencê-lo usando a desculpa do aborto.
_Já se passou pouco mais de uma semana, não tem problema._ Disse enquanto ainda distribuía beijos pelas partes descobertas do meu corpo. O pior de tudo era que ele tinha razão. O senti começar a levantar minha blusa.
_Não sei se é a hora certa..._ Tentei novamente já um tanto nervosa.
_Você não é mais virgem Demetria!_ Protestou um pouco alterado enquanto terminava de tirar minha blusa. Fiquei sem reação, afinal ele tinha razão. Nada respondi, apenas comecei a retribuir seus beijos.  Já perdi muita coisa nessa vida, e ficar se lamentando ou evitando transar com Wilmer não adiantaria nada, então resolvi tentar. Sentia seus lábios percorrerem todo meu colo e tocando meus seios ainda por cima do sutiã. Não posso negar que a sensação era boa. Puxou-me um pouco de modo que ficasse inclinada enquanto procurava o fecho do meu sutiã com sucesso.  As alças iam deslizando junto com seus dedos por meus ombros enquanto ia beijando cada pedaço de pele que tocava. Arrepiei-me com sua barba mal feita me arranhando de leve. Não demorou muito para nos encontrarmos totalmente nus. Não houve preliminares prolongadas, o mesmo apenas me estimulou algum tempo com a mão para certifica-se de que estaria “pronta”. Ele não me conhecia tão bem para perceber que eu me encontrava totalmente tensa. Quando o senti penetrando contrai meu corpo. Doía um pouco pelo fato de não estar muito lubrificada. Suas investidas eram selvagens, o que não me deixava muito confortável. Foi assim por algum tempo até ele alcançar o clímax. É eu não cheguei ao ápice do prazer com ele. Somente meu corpo estava lá, mas minha cabeça e meu coração estavam em algum lugar do mundo junto com Joe.
_Gostou?_ Perguntou me abraçando por traz de modo que ficássemos de conchinha.
_Urrum._ Respondi um tanto distante. Não trocamos mais nenhuma palavra durante a noite inteira. Levantei-me depois que ele havia dormido e fui tomar um banho. Deitei na banheira deixando-me levar pelos meus pensamentos. Merda! Por que por mais que tentasse, não conseguia tirar Joseph da minha cabeça? Lembrava-me de seu toque, seu cheiro, seu sorriso... dele. Flashbacks invadiam meus pensamentos.  Paris? Lembrei-me de um passeio que fizemos pela praia quando estávamos nos “conhecendo”. Não, seria obvio de mais. Parecia ridícula aquela situação. A mesma historinha de sempre: A nerd esquisita da escola que sempre foi apaixonada pelo cara mais popular finalmente tem sua chance, engravida e os dois vivem um final feliz. Seria assim de fosse um conto de fadas, mas estava longe de ser a historinha perfeita que ouvimos quando criança. Sai do banho quando senti meus dedos enrugados. Coloquei um pijama qualquer e fui deitar ao lado do meu “namorado”. Estava exausta e a única coisa que queria era dormi o máximo que conseguisse.
(...)
Um mês havia se passado desde que Joe havia ido embora. As coisas estavam voltando ao “normal” tirando o fato de que agora Selena dormia mais na casa de Nick do que nossa e de que eu era a pessoa mais odiada da escola. Meu relacionamento com o Wilmer estava “bem”, isso sem citar que nos víamos 2 vezes por semana apenas para transar e nos demais dias ele ficava com as outras garotas que ele rotulava como “Peguetes”.        
Hoje durante a aula as garotas começaram a rir de mim me chamando de “nerd papa popular”. Sai da sala com os olhos ardendo  segurando o choro. Por conta das minhas faltas no ultimo mês, eu tive que ir direto para a diretoria. Ótimo, já não bastava ser eternamente zuada e agora também teria que pela primeira vez na minha vida ter que fazer reposição de aulas. O que estava acontecendo comigo? Essa não sou eu! Bati duas vezes na sala do diretos e só escutei um “entre”. Entrei cautelosamente já me preparando para o sermão, mas assim que fechei a porta e me virei, pude sentir meu coração querer sair pela boca. Minhas pernas fraquejaram quase não sustentando meu peso. Pisquei várias vezes para ter certeza de que não estava tendo mais um dos sonhos que tinha ultimamente. Era real.
_Jo...Joe?...

Continua...

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