segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

An apology - Parte 4


_Mãe!_Demetria disse com a voz um tanto embriagada.
_Quem é mãe?_Uma voz distante pergunta.
_Ah, eu não...
_Você? Mãe o que ela ta fazendo aqui?_Daniel, irmão de Demetria pergunta a apontando por cima do ombro da mãe. Antes que a mãe respondesse ele falou_Você tem muito o que explicar garota._Seu tom de voz é duro e cortante.

_Não fala assim comigo!_Demetria falou já chorando._Posse entrar pelo menos? Quero explicar o que aconteceu._Pediu.
Daniel não deu resposta, apenas saiu do caminho levando a mãe, o que Demetria entendeu como um sim.
Ela entrou e já sabendo o caminho foi direto para a sala. Sentiu aquele cheirinho de café vindo da cozinha e conhecia o lugar muito bem, estava do jeito de sempre, arrumado com uma coisinha aqui e ali fora do do lugar, mas no geral estava impecável como sempre. Os quadros com as fotos da família permaneciam alguns em cima da grande e espaçosa lareira, outros na mesa ao lado e atrás do sofá e na pequena estante onde continham vários livros que ela antes costumava ler. Ao lado da janela a grande e fantástica árvore de natal decorada com tudo que tem direito, desde as bolinhas tradicionais a ursinhos de pelúcias de vários tamanhos. E na janela as meias de sempre estavam penduradas pelo lado de fora. Tudo na decoração era familiar, algumas das coisas feitas por ela mesma e que a faziam lembrar de coisas boas.
Ela esperou pela mãe e o irmão na sala, secou os olhos na manga da blusa e aguardou pacientemente até que os dois aparecessem.
_Já pode começar falando._Disparou Daniel. Demetria respirou fundo e começou.
_Eu sei que o que eu fiz foi errado, sei que sou uma completa idiota. Só que eu não voltei e nem dei mais noticias por vergonha.
_Vergonha? Vergonha de que?_Perguntou a mãe.
_Vergonha do que tinha me tornado. Eu saia, bebia, me jogava nas coisas de cabeça e não ligava para as consequências. Eu me vi sozinha, sem pai nem mãe para me dar ordens. Poderia fazer o que eu quisesse sem me preocupar, mas eu não pensei antes de fazer. A principio foi só diversão e eu disse pra mim mesma que seria só um vez e pronto e depois tudo voltaria ao normal, mas não foi assim. Eu gostei do que tinha feito e quis continuar. Fui pro Canadá a estudo e comecei estudando, só que depois... Depois eu entrei nisso e não quis sair mais. Não dei noticia porque eu sabia que depois de eu ter sido presa duas vezes vocês estavam decepcionados. Eu não quis ligar por que eu estava com vergonha de mim e com vergonha de falar com vocês sabendo que vocês sabiam do que tinha acontecido. Eu também tive medo de ouvir as coisas, de ouvir o que quer que fosse, porque eu pensei que vocês pudessem talvez me expulsarem de casa...
_Nos nunca faríamos isso._Interrompeu a mãe.
_Não? Mas olha mãe... Eu sei o que eu fiz, eu mudei, sou outra pessoa agora. Não sou mais aquela irresponsável  Me perdoa por favor. Eu sei que eu a ofendi, mas não foi por querer. Não foi..._A essa altura Demetria já chorava muito.
_Você é minha filha, como não poderia perdoa-lá?
_Mãe?_Daniel disse alto._Espera, garota você vem aqui contar essa história achando que vamos te perdoar assim sem mais nem menos?_Continuou apontando o dedo na cara dela.
_Olha aqui moleque eu não sei quem você pensa que é. O meu assunto não é com você, então cala essa boca e não enche, quem tem que me perdoar é ela e o papai e não você seu merdinha. E não aponta esse na minha cara porque eu não a suas amiguinhas pra você achar que pode fazer o que quiser e que vou ficar calada._Respondeu dando um tapa na mão que a apontava._Não vou tolerar isso.
_Sua va...
_CHEGA! CHEGA! PAREM JÁ COM ISSO!_Gritou a mãe e os dois pararam imediatamente e olharam para a mãe que estava vermelha de fúria._Vocês dois parem agora ou vou ter que voltar a bater de novo?
Nenhum dos dois respondeu, apenas se olharam enquanto a mãe continuava a falar.
_Eu te perdoo sim Demi, você é minha filha e nada que você fizer ou fez vai mudar isso. Vem aqui._Chamou ela de braços abertos. Demetria foi ligeira e saltou nos braços da mãe a abraçando como se nunca mais fosse solta-lá.
Demetria achou até bem fácil conseguir o perdão da mãe, mas sabia que do irmão não seria fácil demais. E do pai que nem desconfiava que ela havia voltado.
Demetria se desvencilhou da mãe e a encarou com um sorriso no rosto. Daniel ainda as encarava de cara feia depois dessa breve parada ele saiu da sala as deixando sozinhas.
_Não se preocupe com seu irmão.
_Eu deveria, mas sei que ele nem quer olhar na minha cara. Mas não importa, o importante é que você me perdoou.
A mãe de Demetria a levou até a cozinha e a encaminhou para se sentar em um dos bancos que ficava de frente para o balcão. Pela pequena bagunça que havia em cima de um segundo balcão na cozinha, ela estava preparando panquecas. As famosas panquecas da Sra. Lovato que Demetria gosta tanto e sente falta.
_Mãe eu queria te contar o que...
_Não precisa!_Interrompeu Dianna firme._Não tem necessidade de me contar nada, não preciso saber._Pelo tom de voz usado ela entendeu que isso seria um ponto final para algo que ela nem tinha começado._Quer panquecas?_Perguntou mudando totalmente de assunto.
Demetria sorriu e respondeu "Com certeza".
Estava sentada ali em silencio só observando a mãe trabalhar enquanto pensava em tudo, como tinha sentido falta de casa. Como sentia falta dos jantares em família, da vida antiga, dos amigos, até da escola. Como foi tão burra e deixar isso acontecer? Sentia falta de Elena, uma de suas melhores amigas de escola, sempre saiam juntos acompanhados por Scott e Katherine a amiga mais alegre e doida de todas, indo para as festas e dançando mais que todo mundo, gritando e fazendo loucuras que só ela sabia fazer. Sentia falta do seu irmão com quem sempre conversara, sempre se abrira e pudera contar seus segredos, ele sempre fora mais do que um irmão mais velho, fora um amigo e agora ela não tinha mais nada disso. Nem se quer sabia qual seria a reação dos amigos quando a vissem, aqueles a que ela simplesmente deixou de mandar noticias e por menos que quisesse acabara virando as costas.
Demetria despertou de seus pensamentos quando aviso de sua mãe de que as panquecas estavam prontas ressonou em seus ouvidos.
Após uma refeição cheia das histórias de sua mãe, ela a acompanhou de volta a sala que estava vazia e se sentou no grande sofá. Escutou o barulho da porta se fechando a suas costas e olhou automaticamente e o viu, seu pai que chegou falando alto e parou bruscamente entre a porta ao ver sua filha a frente.
_Dai! Hoje o dia foi puxado no escritório. Tive tan...
_Ben!
_O que essa garota ta fazendo na minha casa?_Perguntou alto.
_Essa garota é nossa filha!
_Nossa filha? Nossa filha? Ela some, não da noticias e você ainda quer que eu a chame de filha?_E sem resposta acrescentou se virando para a filha._Sei muito bem o que andou fazendo.
_Pai eu...
_CALE A BOCA!_gritou avançando pra cima de Demetria. Seu rosto estava ficando purpura e uma veia latejava em sua têmpora.
Dianna se colocou entre o marido e a filha.
_Ben, se acalme!_O outro não lhe deu atenção e continuou gritando.
_VOCÊ GAROTA, PENSA QUE PODE CHEGAR AQUI COM ESSA CARA DE SONSA ACHANDO QUE VOU COLOCA-LÁ AQUI DENTRO DE NOVO? VOCÊ NÃO PISA MAIS AQUI DENTRO. SAIA JÁ DE MINHA CASA.
_NOSSA CASA BEN! NOSSA CASA, ELA PODE SIM FICAR AQUI, ESSA CASA TAMBÉM É DELA._Gritou a mãe._ELA TEM TANTO DIREITO DE FICAR NESSA CASA QUANTO VOCÊ.
_Ela perdeu esse direito quando saiu e não deu mais noticias._Ele abaixou o seu tom de voz, recompondo-se.
_Pai, eu posso explicar..._Pediu Demetria com tom se suplica na voz.
_CALE A BOCA SUA VAGABUNDA._Ele pegou Demetria pelo braço e a jogou porta afora, sem dar tempo de Demetria se quer piscar ele bateu a porta na cara dela. A unica coisa que conseguiu ouvir foi sua mãe gritar quando ele bateu a porta "Ben não, não faz isso" e receber a resposta "Não vá atras dela".
Demetria saiu caminhando pela rua. A essa altura já chorava muito. As duas ultimas palavras que recebeu do pai ficaram ecoando em sua mente sem parar. Seu pai a odiava então? Ele, seu herói, sei protetor, seu pai a xingando de vagabunda, isso a magoou profundamente. Não pensou que ia ser assim. Será fora um erro voltar?

Continua...

4 comentários para o próximo.

7 comentários:

  1. Eita, que pai, heim?!
    chorei aqui, vey, muito emocionada!
    escutei o novo single da Demi que lançou ontem e...MEU DEUS!!!!
    Pireiiii aqui vey!kkkkkkk
    posta logo, flor, bjim!

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    1. O pai dela é um grosso mesmo. kkkkk
      Ah eu tbm escutei, to pirando ainda.
      Irei postar! bjs

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  2. Olá linda u.u
    Eu amei sua fanfic e tentarei ao máximo acompanhar ok?
    Poste logo
    Beijos

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  3. Esse Ben é um chato, Demi vai ser filha dele de qualquer forma, ele pode guardar rancor, mas tratá-la da forma como a tratou foi ridículo. Putz...

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    1. Com certeza, ele é muito ridículo. Ela não merece isso.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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